guns ain't roses

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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Pelo direito de gostar de Matemática... E não compreende-la!

Preciso admitir: sou horrível em Matemática. Aquela lógica de análise combinatória, aquela maldita Trigonometria, áreas que nunca precisarei. Não adianta, não vou aprender nunca. Não é frescura, é dificuldade mesmo, uma coisa que vem desde a oitava série senão antes.
No entanto, estou aqui buscando fazer um manifesto em nome de todos alunos que assim como eu tem muitas dificuldades para lidar com essa matéria, porém, sentem-se realizados nela. É simples: eu gosto de Matemática. Sinto-me feliz quando consigo resolver um exercício com um nível de dificuldade médio para díficil, aliás muito mais do que quando entendo toda uma matéria de humanas e quase nunca fico entediada com as aulas. É verdade que ela me estressa e muitas foram as vezes que eu quis jogar meu livro pela janela, no entanto, Matemática realmente está bem longe de ser odiada por mim porque afinal, ela me desafia colocando obstáculos que não necessariamente me colocarão para baixo, mas sim me darão confiança caso sejam vencidos para ser uma estudante melhor.
Por isso, ao fim do meu Ensino Médio, cá estou agradecendo a Matemática por ter me feito uma pessoa bem mais perseverante do que era, batalhadora e estudiosa, se é que posso dizer isso. E também, aos meus velhos professores dessa matéria. Até os mentirosos me ensinaram alguma coisa valiosa que eu vou levar para o resto da minha vida. Obrigada, Matemática.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Aos que gostam de burocracia que me desculpem

( A nata de Brasília)
Me lembro bem quando ouvi falar pela primeira vez em uma simulação da ONU. Meu primo comentou de uma noite cultural que ia acontecer com comida de vários países e coisas desse tipo. Alguns anos depois, um amigo meu comentou das pérolas de um tal de Sigma Mundi, me explicou o que era, mas eu não entendi direito só fui descobrir mesmo o que era quando finalmente entrei no Sigma.
Simular é bem simples. Um monte de adolescente vestidos com roupas sociais se chamando de delegado, divididos em comitês com temas falando fora do usual (crise no mundo árabe, caso da Serra Leoa, situação da Líbia etc) e aprimorando as técnicas de discurso. Simular de verdade é mais complicado. Você tem que aprender as técnicas do jogo, ter uma boa conversa fiada, jogo de cintura e o mais importante, você tem que gostar. Não tem que fazer isso porque alguém te disse melhora sua fala em público ou só porque melhora suas notas do segundo período (dupla verdade), mas porque simular faz você ter uma mente aberta para um mundo que é muito grande.


Eu tenho poucas simulações no meu currículo, mas sinto a diferença. Não se trata só de estar ali e ser um caça-menção (aqueles delegados que querem chamar atenção e serem eleitos os melhores dos comitês), mas de conhecer coisas que você não conheceria se não simulasse. Por exemplo, alguém ai sabe onde fica Chade? Se trata também de criar um senso de humanidade e trabalho em equipe fora do comum. Se trata mais ainda de fazer amigos.


Amigos sim, por que não? Simular não se trata só de ter excelência acadêmica, mas de festejar. Festejar porque somos jovens e estamos atuando num mundo, festejar porque nós somos os amigos que se juntam para beber e para discutir sobre qual seria o melhor tema de comitê da História. Festejar porque afinal de contas, a vida é isso, a vida é uma festa. Temos muito o que festejar e pra vocês que acham que simulação é só uma experiência acadêmia, fodam-se vocês.





terça-feira, 4 de outubro de 2011

Cidadania e participação social - Enem 1999

Na antiga Grécia, cidadão era aquele que era nascido na cidade e e não era escravo(foi assim durante um período de tempo). Tempos depois, surge a percepção de que cidadão é aquele ser registrado no cartório. Com o passar dos anos, durante a primaveras das democracias, forjou-se um novo conceito de cidadão: um ser com ideais políticos e engajado, um ser ativo. A questão é : isso é apenas um bonito ideário? Como tornar a utopia, uma realidade?
Para responder essa pergunta, voltamos à Grécia Antiga. No modelo de sociedade proposto por Platão, os que governavam a cidade eram os que passavam a maior parte da vida estudando com afinco. Fazendo uma breve ligação com a sociedade atual, o governo da democracia é “do povo”. Não seria lógico então que aplicando a lógica platônica de “politéia”, ou seja, de uma cidade perfeita, que o povo fosse então mais instruído? Buscando um patamar de realidade atingível, o povo ao menos não deveria ser instruído de sua função política? E ainda partindo desses preceitos, a instrução não deveria começar desde a juventude? Porque segundo esta realidade concebida pelo filosofo grego cada um mostrava durante a vida uma pré-disposição (as chamadas almas de ouro, prata e bronze) e assim cada um atuava na pólis como lhe cabia. Certamente, conhecendo desde a juventude um determinado contexto, o discernimento clareia os pensamentos de uma determinada pessoa sobre infinitos assuntos. Adaptando para realidade atual, podemos dizer que o cidadão que conhece desde cedo sua realidade sabe mais cedo o que deve fazer nessa sociedade para atingir o status de “politéia” ou mesmo de “governo do povo” no sentido literal e não apenas figurado como vem sendo há décadas.

Além desse embasamento filosófico, a ideia de ter o jovem como pilar dessa sociedade está intimamente ligado com a natureza revolucionária incutida em cada adolescente. Em um período cheio de mudanças e com os hormônios trabalhando para que o humor mude com frequência, é natural que o jovem se revolte e tenha vontade de deixar sua marca na história. Comodismo é um mal de adultos. Será? Será mesmo que com o pouco que temos feito seremos a mudança que queremos ver em nosso país? Será que temos consciência que a sociedade que temos hoje é um retrato das escolhas da geração de nossos pais? Será que cairemos nas máximas imortalizadas por Elis Regina que diziam “Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”?
Será que nos acomodaremos na marginalização e em meio de tanta sujeira não teremos voz para sermos ouvidos?

No entanto, o futuro é incerto e o que resta é que mais uma vez os jovens tenham sua vez de interagir com o mundo. A participação social é um direito do jovem para que ele possa exercitar sua cidadania e não cair no abismo da alienação. Os jovens afinal são o futuro da nação...

sábado, 1 de outubro de 2011

A dança

(De uma inexperiente dançarina que de espectadora das amigas foi para o meio do palco)

A pura liberdade. É isso que sinto quando estou na sala errando e dançando no meio de estranhos. As coisas do cotidiano até entram na cabeça, mas não interferem na sintonia que eu tenho. O suor é recompensa.
Mesmo tendo trocado de estilo, me sinto da mesma maneira. Eu me mexo e sinto cada ossinho do meu corpo mais leve, os movimentos persistente nele como grude depois da aula. A dança me mostra uma ligação que eu não sabia que eu tinha. É meu tempo comigo mesma.
Quando a minha professora de ragga fala sobre energia, ela realmente tem razão. Dançar faz bem pra alma.